25 de ago. de 2011

Paixão


As pessoas que, como eu, são movidas pela paixão compreendem que a vida vivida fora dos extremos é como estar ligado no automático. A paixão é o sopro, o estímulo, o elo, o que nos faz ir além, o que nos tira da cama mesmo numa manhã cinzenta, o sorriso, o brilho nos olhos, a garra para lutar acima de qualquer porém, é o que nos torna únicos.

Ser apaixonado é ser efêmero e como um bom exemplar me pego constantemente na dúvida de gostar de muitas coisas ou no final não gostar realmente de nenhuma delas, e sempre acabo por tomar a mesma resposta: uma alternativa não anula a outra. A efemeridade tem sua beleza e certamente suas vantagens. Tantas outras pessoas preferem a seguridade de uma vida metódica e prática, mas quem já se acostumou à excitação proveniente de um bom frio na barriga sabe que não há nada melhor do que o incerto. Ah! Que sensação mágica! O estômago se retrai e afunda nas suas entranhas só de imaginar o que te aguarda.

Ser apaixonado é estar acima da razão, de tudo e de todos e agarrar com unhas e dentes aquilo que te faz vibrar. É lutar por um futuro desconhecido quando teimam em te convencer a ficar com o mais simples, não por capricho, mas pela conquista. Quem é movido pela paixão é movido pela conquista.

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